
Ena, há tanto tempo que não pensava nesta história!
Este conto fez parte da minha avaliação na disciplina de Antropologia, no meu 1º ano de faculdade (2003... há já um tempinho comprido!...)
Como exercício final, o professor deu-nos a notícia de que tinhamos, em grupos, de fazer uma demonstração mais corporal. O objectivo era sermos perceptíveis na nossa "linguagem"... E a minha turma, resolveu reunir-se toda para fazer uma peça teatral cómica, fazendo sátira aos vários filmes da época! E quando digo turma inteira estou a falar de 40 pessoas, mais coisa, menos coisa, a trabalharem juntas! E quem pensou na peça lembrou-se de "transformar" as raparigas da turma em tigresas...
-"Que bonito!" - pensei eu! - "Vou andar de collants e tanga no meio do Parque das Nações..."
Mas como estavamos num curso de design e o objectivo era comunicar, então decidi comunicar uma mensagem bem mais profunda do que a apresentada! Fiz, sozinha, a minha representação.
E encontrei este texto que achei muito interessante! A acompanhar, como música de fundo, uma música que ouvi numa loja de vestuário (enquanto passeava) e que me fez outro "plim"! Quando a ouvi foi amor à 1ª vista: A velha Infância, dos Tribalistas (foi como ouro sobre azul!)...
A história foi contada com folhas enormes, com desenhos enormes, sem texto, só imagem, e com uns orifícios no lugar dos rostos das personagens, onde eu coloquei a minha cabeça que gesticulava e fazia expressões faciais... foi mais artístico do que tinha a ver com design, mas foi muito trabalhoso... e divertido! O local foi numa espécie de anfiteatro, na rua, no parque das nações, onde qualquer pessoa podia assistir. A façanha valeu-me um grande aplauso das pessoas, crianças e adultos desconhecidos, que se sentaram nos degraus a assistir!... Os meus colegas foram muito engraçados, mas tive a mesma nota que eles: 16! Não é para me gabar, mas para partilhares comigo a minha alegria!
Bom, mas a história foi esta:
"Amy, uma menina irlandesa, tinha olhos castanhos. Todos na sua família tinham olhos azuis, menos ela... sentia-se desgostosa e não se sentia tão bonita como achava que as irmãs eram. Então, todas as noites rezava para que, ao acordar, Deus lhe mudasse a cor dos seus olhos! Cresceu e, sem conseguir o que desejava, "zangou-se" com Deus... Certo dia, ela foi para a Índia como missionária. Viu muitas meninas que não eram desejadas pelas suas famílias e eram vendidas, para os templos, como messalinas dos sacerdotes. Então ela também teve um "plim" e percebeu que Deus tinha uma missão para ela! Tingiu o cabelo e a pele com café, vestiu uma Sári (traje tradicional de seda) para poder passar-se despercebida entre as pessoas, e criou uma casa para albergar essas meninas.
-“Uma irlandesa com olhos castanhos”- disse, certa vez, uma amiga indiana.
-“É uma coisa boa! Sabes que não poderias salvar estas meninas se os teus olhos fossem azuis.” Agora Amy sabia o porquê de Deus lhe ter dado olhos castanhos, em vez de azuis, como as suas irmãs."
Como Paulo diz em 1Co 9:22, “Fiz-me tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns”.
Amy Carmichael não foi para a Índia para viver como estrangeira, ela tornou-se numa indiana (lá está, em roma sê romano! lol!...foi despropositado!)...
Há dois mil anos, Jesus tornou-se, também, como os proscritos que tentava salvar, assumindo o nosso corpo, a nossa pele, cabelos e olhos....
4 comentários:
gostei parabéns
adorei muito maneiro!
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